Dez estados brasileiros apresentam tendência de queda para óbitos por coronavírus

RIO — Dez estados brasileiros apresentam tendência de queda no número diário de mortes por coronavírus, enquanto cinco veem o índice aumentar. Em doze, a situação é estável. Entre os destaques do boletim epidemiológico desta segunda-feira está o Amazonas, que há semanas observava o registro de casos cair, e que agora apresenta um crescimento nas notificações.

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No Centro-Sul do país, apenas o Rio de Janeiro observa uma queda na tendência de óbitos. Os outros estados nesta situação estão nas regiões Norte (Acre, Amapá, Pará e Rondônia) ou no Nordeste (Alagoas, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Além do Amazonas, a tendência de alta dos óbitos de coronavírus foi vista também nos estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina — os últimos atingidos pela pandemia —, Minas Gerais e Tocantins.

A média móvel de óbitos no país, que nesta segunda-feira chegou a 1.022, adquiriu a forma de um platô desde 4 de junho, indicando cerca de mil mortes diárias. Cientistas consideram que esta média é muito elevada e que por isso ainda é cedo para comemorar a estabilidade ou redução no número de casos fatais na maioria das unidades federativas.

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O Amazonas tornou-se nesta segunda-feira o primeiro estado cuja capital, Manaus, retomou as aulas presenciais, uma medida que está sendo discutida em outras regiões do país. A medida é vista com ressalvas por cientistas, que assinalam que o aumento da circulação de pessoas facilitaria a transmissão do coronavírus. Além disso, os estudantes podem tornar-se transmissores do patógeno para seus familiares.

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A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

As informações e cálculos são do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os dados são coletados diretamente com as secretariais estaduais de Saúde.

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