Número de mortes por Covid-19 chega a 125 mil no Brasil, aponta consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — Nesta sexta-feira, o Brasil chegou a marca de 125 mil mortes causadas pela Covid-19. Foram registrados de 855 óbitos nas últimas 24 horas, elevando para 125.584 o número de vidas perdidas para o novo coronavírus. Há também 40.566 novos casos da doença provocada pelo Sars-CoV-2, elevando para 4.086.716 infectados no país.

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O Brasil registrou nesta quinta uma média móvel de 856 mortes por Covid-19. Desde 12 de agosto, a média móvel de mortes de brasileiros causados pelo novo coronavírus está abaixo de mil e desde o dia 28, abaixo de 900.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O país tem três estados com tendência de alta nas mortes por Covid-19: Amazonas, Rondônia e Tocantins. Há outros doze em estabilidade: Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

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O Distrito Federal e outros onze estados demonstram tendência de queda: Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Dados da pasta divulgados na noite desta sexta-feira indicam que o Brasil registrou 51.194 novos casos de Covid-19, além de 907 mortes provocadas pela doença, das quais 589 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chegou a 4.092.832 infectados e 125.521 óbitos. Há ainda 2.492 mortes em investigação. Segundo a estimativa do Ministério da Saúde, há 3.278.918 recuperados.

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São Paulo é o estado com mais casos da doença: são 845.016 até o momento. Seguido por Bahia (268.137), Rio de Janeiro (232.498), Ceará (230.105) e Minas Gerais (228.013). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 31.091. Depois, vêm Rio de Janeiro (16.467), Ceará (8.555), Pernambuco (7.619) e Pará (6.228).

Vacina russa contra Covid-19 induz resposta imune em todos os voluntários em fase inicial, diz estudo

A vacina candidata contra a Covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo governo da Rússia, produziu uma resposta imune contra o novo coronavírus em todos os participantes na fase inicial de seus ensaios clínicos. Os resultados preliminares foram publicados nesta sexta-feira pela revista científica Lancet, um passo celebrado pelo Kremlin como uma resposta às críticas da comunidade científica internacional à falta de transparência na ocasião em que a fórmula foi registrada pelos russos ainda na fase inicial dos estudos, no mês passado.

Os resultados dos dois ensaios, conduzidos entre junho e julho, envolveram 76 pacientes, todos adultos saudáveis divididos em dois grupos avaliados em intervalos de 42 dias. Todos desenvolveram anticorpos contra o Sars-CoV-2 sem efeitos colaterais consideráveis, de acordo com a Lancet.

"Ensaios clínicos mais amplos e de maior duração, com placebo, e maior monitoramento são necessários para estabelecer segurança e eficácia duradouras para a vacina", diz o artigo publicado na revista.

OMS não espera vacinação ampla contra Covid-19 antes de meados de 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que não espera uma vacinação ampla contra a Covid-19 antes de meados de 2021. A declaração veio num momento em que os Estados Unidos aceleram os preparativos para distribuir uma vacina contra a doença.

"Um número considerável de candidatas entrou na fase 3 de testes. Conhecemos ao menos de seis a nove que já percorreram um bom trecho em termos de pesquisa. Mas em termos de calendário realista, não esperamos ver uma vacinação generalizada antes de meados do próximo ano", declarou Margaret Harris, porta-voz da organização, em um encontro com a imprensa.

Harris explicou que a fase 3 dos testes clínicos — etapa de testes em larga escala com voluntários — leva tempo porque os cientistas precisam verificar se as vacinas são eficazes e seguras. Até agora, segundo ela, nenhuma das candidatas a vacina que estão em testes clínicos avançados demonstrou, até agora, 'sinal claro' de eficácia em um nível mínimo de 50% buscado pela organização.

Estudo sobre genoma do coronavírus reforça esperança de vacina universal contra Covid-19

À medida que o coronavírus se espalha, novas mutações no material genético do vírus surgem, dando origens a diferentes linhagens do patógeno. Por causa disso, cientistas questionam se uma única vacina seria capaz de proteger contra todas as variedades do vírus, mas um novo estudo sugere que a meta da vacina "universal" contra a Covid-19 é algo possível.

Ao analisarem mais de 18 mil amostras do novo coronavírus, cientistas da Universidade de Tufts, em Massachusetts (EUA), concluíram que a maior parte das mutações que o vírus acumula não ocorre em áreas essenciais do vírus, aquelas que codificam as proteínas usadas para infectar células humanas e sustentar a reprodução viral.

Disponível na edição mais recente da PNAS, revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a análise, que contou com o trabalho de 11 médicos, é a mais ampla já registrada do gênero, feita a partir de uma base de 18.514 genomas. E mostrou que o vírus sofre poucas mutações nos pontos essenciais do código genético.

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