RIO — Nesta quarta-feira, o governo federal lançou oficialmente o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.
Vacinas contra a Covid-19:Saiba tudo sobre os efeitos colaterais, eficácia e plano de vacinação
No último sábado, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde já havia apresentado uma primeira versão do documento. Leia abaixo os principais pontos de atenção da estratégia do governo.
Quando começará a vacinação?
O governo ainda não definiu oficialmente uma data, mas espera começar o atendimento de grupos prioritários, que correspondem a cerca de 49,6 milhões de pessoas, o que seria estendido até o fim do primeiro semestre. Nesta tarde, porém, o governador do Piauí, após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a campanha será iniciada até o dia 21 de janeiro.
Por que a data oficial ainda não foi anunciada?
Até agora, nenhuma farmacêutica que está desenvolvendo a vacina pediu registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que se comprometeu a analisar aprovações emergenciais de imunizantes em até dez dias. Outros países, como EUA, Canadá, Chile e Reino Unido, recorreram ao artifício e já começaram suas campanhas de vacinação. O governo também é criticado pela demora para definição dos insumos necessários à campanha de vacinação, como seringas e agulhas.
Por que houve polêmicas na aprovação do PNI?
O plano foi questionado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, por não definir a data do início dos trabalhos. Também foi criticado por alguns de seus colaboradores, que não tiveram a oportunidade de ler o texto final do PNI antes de sua entrega. O Ministério da Saúde só conversou com o grupo uma hora antes da cerimônia de lançamento oficial do plano.
Quem serão os primeiros vacinados?
Primeira fase: Trabalhadores da área de saúde, pessoas com 75 anos ou mais, pessoas de 60 anos ou mais que viviam em instituições como asilos, população indígena em terras demarcadas aldeadas, povos e comunidades tradicionais ribeinhas.
Segunda fase: Pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: Pessoas com comorbidades.
Uma série de categorias será contemplada entre os grupos prioritários, mas a definição de sua fase de imunização dependerá da disponibilidade de vacinas. São eles: trabalhadores da educação e de outros serviços essenciais (forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema carcerário, trabalhadores de transporte coletivo etc.), populações quilombolas, população privada de liberdade e pessoas em situação de rua.
Quando outras pessoas poderão ser imunizadas?
Somente após o atendimento aos grupos prioritários. Então, somente a partir do segundo semestre de 2021.
Quais imunizantes estão incluídos no PNI?
Nas três primeiras fases, o governo pretende usar o imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), com 210,4 milhões de doses. Posteriormente seria incluída a aquisição de 42,5 milhões de doses do consórcio Covax. O ministério também apresentou "memorandos de entendimento" — ainda sem intenção de compra — para obter vacinas da Pfizer/BioNTech, Johnson&Johnson, Instituto Butantan (CoronaVac), Bharat Biotec, Moderna e Instituto Gamaleya (Sputnik).
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