É grave estado de saúde de ex-PM baleado dentro de carro blindado na Barra da Tijuca

RIO — É grave o estado de saúde de Adriano Maciel de Souza, um ex-policial militar excluído já apontado como braço-direito de um chefe de quadrilha da Zona Norte do Rio. Ele e seu segurança foram baleados dentro de um carro na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, na manhã desse sábado.

Os dois foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, Adriano está em traramento no CTI da unidade. O órgão informou ainda que Archimedes, que seria seu segurança, será transferido para uma unidade da rede particular.

As investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia foi realizada no local e no carro das vítimas. Testemunhas foram ouvidas e diligências seguem para identificar a autoria do crime.

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ATIRADORES COM FUZIS

A Polícia Militar foi acionada por volta das 9h30 de sábado para a ocorrência, quando testemunhas contaram que indivíduos armados de fuzis efetuavam disparos na área. Os atiradores estavam em ao menos dois automóveis e conseguiram fugir em direção ao Recreio dos Bandeirantes. A identidade deles não é conhecida até o momento.

Os alvos dos disparos estavam em um carro blindado. O veículo recebeu ao menos 25 tiros de calibre 556, que deixaram marcas. O ex-policial miltar, que saía de casa, no condomínio Blue House, para voar de parapente, foi atingido por diversos tiros na cintura e abaixo. Da outra vítima não há informação.

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Duplo homicídio no subúrbio do Rio

Segundo um inquérito da Divisão de Homicídios obtido pelo EXTRA em 2014, Adriano Maciel de Souza, o Chuca, fazia parte de uma quadrilha que explorava o jogo do bicho e máquinas caça-níquel em 10 bairros da Zona Norte.

Ele era o braço direito de Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim, e os dois, até 2012, dividiam bares arrendados com Michel Vasconcelos Fernandes. Uma ruptura se deu entre os três, quando Michel foi preso pela operação Black Ops, da Polícia Federal.

— Michel e Chuca arrendavam alguns bares na região e dividiam os lucros entre eles. No período em que o Michel esteve preso, Chuca entrou em contato com a família do Michel, entregou dinheiro e disse que a partir de então, ficaria com os bares para ele. Quando o Michel foi solto, em 2013, eles nunca mais se falaram. O Michel virou uma ameaça, porque poderia tentar dominar a área deles — contou, na época, uma testemunha, que entregou fotografias e endereços de Marcelo Cupim e Chuca a agentes da DH.

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Em outubro de 2014, Michel e seu segurança foram assassinados em Honório Gurgel, Zona Norte do Rio, dentro de uma loja de autopeças, por dois homens vestidos com camisas pretas com a inscrição “polícia”.

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