Com 1.291 mortes, Brasil chega a 228 mil óbitos causados pela Covid-19, mostra boletim de imprensa

RIO — O Brasil chegou nesta quinta-feira à marca de 228 mil mortes causadas pela Covid-19. Nas últimas 24 horas foram registrados 1.291 óbitos, elevando para 228.883 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus. A média móvel foi de 1.030 mortes, 3% maior do que o cálculo de duas semanas atrás.

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Foram contabilizados 57.848 novos casos desde as 20h de quarta-feira, totalizando 9.397.769 de infectados pelo Sars-CoV-2 no país. A média móvel foi de 48.140 diagnósticos positivos, 7% menor do que o cálculo de 14 dias atrás.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo

Mais de 3 milhões de doses de vacina contra Covid-19 já foram aplicadas no Brasil. Os dados de 21 estados apontam que 3.043.108 doses já foram aplicadas no país, o que representa 34,41% das doses disponíveis, 1,89% da população brasileira com mais de 18 anos e 1,44% da população total.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Oito estados estão com mais de 80% de ocupação de leitos de UTI

Levantamento do GLOBO feito nesta quinta-feira (4), com dados das secretarias de Saúde de 26 estados e do Distrito Federal mostra que pelo menos oito estados estão com mais de 80% de taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19 — o maior número desde o primeiro balanço, feito em meados de dezembro passado.

Acre (com 84% de ocupação), Amazonas (96%, dados apenas de Manaus), Ceará (85,3%), Goiás (88,4%), Mato Grosso (80,5%), Paraná (84%), Pernambuco (81%) e Rondônia (95,1%) veem sua capacidade de assistência hospitalar sob pressão.

Em todo o Brasil, mais de 29 mil pessoas estão internadas por Covid-19 em leitos públicos de enfermaria e UTI. O número variou para baixo desde o último balanço, de janeiro, que apontou cerca de 30 mil internações simultâneas pela doença na rede pública.

Contudo, ainda altos, os índices tornam-se mais preocupantes na medida em que a sobrecarga da rede pública de saúde volta a aumentar pelo território brasileiro.

O número atual de estados com mais de 80% de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 é o maior desde o primeiro balanço realizado, entre 14 e 16 de dezembro 2020. Então, eram sete os estados que apresentavam índices dentro desta faixa.

Dos estados que se encontram em condição mais delicada atualmente, a maior parte (5) fica no Norte e no Nordeste. Nessas regiões, há areas em que unidades públicas de terapia intensiva sequer existem. Como no Amazonas, que só tem UTIs na capital, Manaus.

Matéria-prima para vacina AstraZeneca/Oxford chega no sábado

O Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19 chegará no Brasil na tarde do próximo sábado, conforme adiantou a colunista Miriam Leitão. O voo que trará o produto decola de Xangai, na China, às 20h35 desta quinta-feira (7h35 de sexta-feira no país asiático) e pousa no aeroporto internacional do Rio (RioGaleão) por volta de 17h50 de sábado. De lá, a carga será encaminhada para a Fiocruz, responsável por produzir esta vacina no Brasil.

Faça o teste: Qual é o seu lugar na fila da vacina?

A entrega do primeiro lote do IFA — com o qual serão produzidos 7,5 milhões de doses da vacina — está atrasada. Em janeiro, eram esperados pelo menos dois lotes do produto, o que daria para produzir 15 milhões de vacinas.

A queda-de-braço entre países europeus sobre a recomendação de uso da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 para pessoas acima de 65 anos não deve afetar seu uso no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o produto é seguro, e sua eficácia já está demonstrada, então o melhor que idosos têm a fazer, quando tiverem aplicação agendada, é se vacinar.

O questionamento com relação à vacina emergiu quando autoridades alemãs decidirem não recomendar o produto para esse subgrupo. A justificativa é que não há informações suficientes sobre sua eficácia nessa faixa etária, que representou só 10% do ensaio clínico.

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