RIO — Da janela de casa, o que se vê são rios, lagoas e baías com águas transformadas num caldo de sujeira, muitas vezes fétido. É a realidade de milhares de cariocas vizinhos das consequências de uma mancha histórica da Cidade Maravilhosa. Só 65,62% do esgoto do Rio são tratados, segundo os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Enquanto isso, um paradoxo: o conjunto de cinco das principais estações de tratamento no município (ETEs Alegria, Barra da Tijuca, Ilha do Governador, Pavuna e Penha), se somadas, tiveram uma vazão média ano passado de 3.317,1 litros por segundo, o que significa só 43,9% da capacidade atualmente instalada (7.560 litros por segundo).
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Ainda hoje, há regiões que não têm rede coletora. Onde ela existe, muitas vezes não está ligada à estrutura de tratamento. E, mesmo quando está conectada, não é raro que sofra desvios que lançam os dejetos in natura no meio ambiente. Um desafio que, com o leilão da Cedae, no último dia 30 de abril, passará a estar a cargo de empresas privadas em toda a capital, assim como já ocorria em parte da Zona Oeste, onde o serviço está concedido pela prefeitura desde 2012.
Os problemas de saneamento não estão restritos a favelas e áreas irregulares da cidade. Mapeamentos do Programa de Saneamento Ambiental (PSAM), assim como estudos da Fundação Rio-Águas para a atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico, revelam vazios de coleta e/ou tratamento de esgoto em grandes áreas que compreendem bairros inteiros, principalmente pelas zonas Norte e Oeste do Rio.
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