Brasil tem mais de 105 mil mortes e 3,2 milhões de infectados pela Covid-19, aponta consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil ultrapassou as marcas de 105 mil mortes e 3,2 milhões de infectados pela Covid-19 nesta quinta-feira. Nas últimas 24 horas, foram notificados 1.301 óbitos, elevando o total de vidas perdidas para a doença para 105.564. Foram registrados também 59.147 novos casos, totalizando 3.229.621 infectados no país.

Consulte: Veja aqui como está a situação do coronavírus no seu estado

A média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 989 óbitos. Isto representa que país segue com tendência de estabilidade. A média móvel é comparada com a de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O país tem sete estados com tendência de alta (Amapá, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Tocantins), nove em estabilidade (Espírito Santo, Goiás, Pará, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo) mais o Distrito Federal e dez em queda (Acre, Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe).

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

São três boletins diários. O próximo será liberado às 8h de sexta-feira. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Dados da pasta divulgados na noite desta quinta-feira indicam que o Brasil registrou 60.091 novos casos de Covid-19, além de 1.262 mortes, das quais 344 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chega a 3.224.876 infectados e 105.463 óbitos. Há ainda 3.411 mortes em investigação.

Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo

São Paulo é o estado com mais casos da doença: 674.455 até o momento. Seguido por Bahia (206.955), Ceará (194.081), Rio de Janeiro (188.085) e Pará (173.625). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 26.324. Depois vêm Rio de Janeiro (14.412), Ceará (8.088), Pernambuco (7.084) e Pará (5.917).

Plano nacional de imunização será divulgado após comprovação da eficácia de vacina para Covid-19

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse nesta quinta-feira que a divulgação do plano nacional de imunização para a Covid-19 ocorrerá somente após a confirmação da eficácia de uma das vacinas em desenvolvimento no país. Segundo ele, o documento já está em elaboração pelo ministério.

— O plano está sendo elaborado e será divulgado quando tivermos efetivamente a eficácia da vacina. Brevemente vamos fazer a divulgação — afirmou Medeiros.

Silêncio: Em reunião na OMS, Eduardo Pazuello omite os mais de 100 mil mortos do país

O secretário participou nesta manhã de uma visita ao Instituto Butantan, em São Paulo, acompanhado de uma equipe do ministério. A entidade desenvolve uma vacina chinesa (CoronaVac) contra o novo coronavírus. Os estudos estão em fase de teste em humanos. A expectativa é que em outubro o resultado sobre sua eficácia seja conhecido.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira que o órgão está atento a todas as opções de vacina, mas classificou a fórmula registrada pela Rússia na última terça-feira, chamada de Sputnik V, como "muito incipiente".

Durante sua fala na Comissão Mista de Covid-19 do Congresso, Pazuello afirmou que participou, na última quarta-feira, de uma reunião com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e representantes da empresa russa que produz o imunizante e da embaixada da Rússia. No entanto, o ministro interino afirmou que as posições sobre a eficácia da vacina ainda são "muito rasas".

Jovens de 18 e 34 já são maioria dos infectados por Covid-19 em SP

Jovens de 18 a 34 anos são maioria dos infectados pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo, indica inquérito sorológico da Prefeitura. O estudo estimou que 1,3 milhão de pessoas, ou 10, 9% da população da cidade, foram infectadas.

A etapa atual do estudo colheu 5.760 testes nos últimos 15 dias. Nas três primeiras etapas do estudo, a faixa etária correspondia a 8,7%, 10% e 12,6% do total de infectados. Hoje são 17,7% do total e essa faixa tem 2,6 vezes mais chances de contrair a doença do que os idosos. O aumento atual levou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), a emitir alerta em entrevista nesta quinta-feira:

— Preciso ressaltar a importância da conscientização de nossos jovens. Volta e meia verificamos a existência de festas irregulares. É claro que essa é a principal faixa etária que tem saído de casa para trabalhar, mas precisamos relembrar a responsabilidade dos nossos jovens com a saúde dos idosos e aqueles que estão em maior vulnerabilidade — disse Covas.

Voluntários: EUA convocam cientistas da África do Sul e de países sulamericanos para testes de vacinas contra a Covid-19

Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre os impactos da crise do coronavírus em profissionais da assistência social revelou que, apesar do avanço para o quinto mês de enfrentamento da pandemia no Brasil, 74% destes profissionais continuam se sentindo despreparados para lidar com a crise, e que o medo atinge a grande maioria (89%). E não é à toa: de acordo com o levantamento, apenas um em cada dez profissionais da assistência social foram testados para a Covid-19.

Os dados fazem parte da segunda etapa do estudo realizado pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da FGV, com 1.091 profissionais da assistência social de todas as regiões do Brasil, entre os dias 15 de junho e 1º de julho. O objetivo dos pesquisadores era compreender qual a percepção de assistentes sociais, psicólogos, educadores sociais, gestores e outros profissionais do setor sobre os impactos da crise no seu trabalho, bem-estar e modo de agir.

Soro produzido com plasma de cavalo tem anticorpo até 50 vezes mais potente contra a Covid-19, conclui pesquisa

Cientistas brasileiros conseguiram desenvolver um soro contra a Covid-19 cujos anticorpos neutralizantes são até 50 vezes mais potentes do que os encontrados em pacientes convalescentes — aqueles que já foram infectados pelo novo coronavírus e estão recuperados.

Com isso, caso o soro passe pelas fases de testes em humanos, poderia resultar em um tratamento semelhante aos usados contra a raiva, o tétano e a picada de cobra.

A pesquisa é fruto de uma parceria feita entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Instituto Vital Brazil e a Fiocruz. Nesta quinta-feira, Jerson Lima Silva, presidente da Faperj e pesquisador da UFRJ, anunciará o depósito de uma patente e a submissão de uma publicação referente a este estudo na sessão científica na Academia Nacional de Medicina.

A solicitação da patente dá segurança à descoberta brasileira e cobre desde a produção do soro anti-Sars-CoV-2 até o envase e a formulação final.

O tratamento contra a Covid-19 proposto pelos brasileiros é baseado na resposta imunológica de cavalos à proteína S existente no novo coronavírus.

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