Diretor do Festival de Cannes protesta em Veneza contra o abandono da Cinemateca Brasileira

VENEZA — O diretor do festival de cinema de Cannes, o francês Thierry Frémaux, lançou de Veneza uma mensagem de solidariedade à Cinemateca Brasileira e questionou a atual política do governo do presidente Jair Bolsonaro.

— Quero expressar meu apoio à Cinemateca Brasileira, ameaçada pelo atual governo — disse ele em entrevista coletiva com os diretores dos sete maiores festivais de cinema da Europa.

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A Cinemateca Brasileira está ameaçada por uma grave crise financeira e todo corpo técnico da instituição já foi demitido. O caso ganhou repercussão internacional e se tornou o emblema da falta de política cultural do governo Bolsonaro. A instituição de 70 anos tem um acervo que inclui mais de 30 mil títulos sobre a televisão e o cinema brasileiros e cerca de 250 mil rolos de filmes.

No início de agosto, as chaves da Cinemateca Brasileira foram entregues à União pela Acerp (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto). A organização social (OS), que geria o local desde 2018, atendeu a pedido feito, por meio de ofício, pela Secretaria especial da Cultura, comandada por Mario Frias.

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