É #FAKE que Argentina, Venezuela e Cuba não adotaram auxílio à população mais pobre durante a pandemia de Covid-19

RIO - Circula nas redes sociais uma mensagem que diz que os governos da Argentina, da Venezuela e de Cuba não prestaram auxílio financeiro à população durante a crise do coronavírus. É #FAKE.

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A mensagem tem sido impulsionada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Ela diz assim: “Valor do auxílio emergencial de Cuba: 0. Argentina: 0. Venezuela: 0. Brasil: R$ 600. Cadê urna para votar nesse presidente Bolsonaro de novo?”

Na Argentina, ao contrário do que diz a mensagem falsa, o governo de Alberto Fernández desde março estabeleceu o “ingresso familiar de emergência”, no valor de 10 mil pesos (cerca de R$ 700), para socorrer famílias que perderam renda com a pandemia. Milhões de trabalhadores foram beneficiados, formais e informais.

Na Venezuela, foram determinadas também medidas de proteção social, como um auxílio a quem trabalha por conta própria ou é informal. Com valor em torno de US$ 4,5 (ou R$ 24), a ajuda concedida pelo governo Nicolás Maduro foi anunciada como uma forma de evitar que trabalhadores precisassem furar a quarentena para se alimentar.

Em Cuba, não foi estabelecido um valor mensal, mas foram tomadas medidas de proteção trabalhista pelo tempo que durar a emergência em saúde, como, por exemplo, a garantia de pagamento de salários, ainda que sem o cumprimento da jornada – vencimentos custeados integralmente durante o primeiro mês de interrupção do trabalho, e, se a situação persistir por mais tempo, num percentual de 60%. O Ministério do Trabalho e da Seguridade Social fez ainda uma garantia de “ninguém ficar desamparado” no país.

O auxílio emergencial brasileiro é um programa de transferência de renda adotado em abril pelo governo Jair Bolsonaro. A ajuda foi prorrogada em setembro, mas com um valor menor e restrições.

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