EUA liberam todos os aeroportos para voos vindos do Brasil

WASHINGTON — O governo dos Estados Unidos suspenderá oficialmente, a partir de segunda-feira, parte das restrições para voos originários do Brasil. Com isso, deixará de exigir que as aeronaves pousem necessariamente em 15 aeroportos americanos pré-designados e que os passageiros passem por uma triagem rigorosa para detectar a Covid-19.

Além do Brasil, o relaxamento será aplicado para aeronaves que saírem da China (com a exceção de Macau e Hong Kong), Irã, Reino Unido, Irlanda, além dos 26 Estados da Zona Schengen, na União Europeia.

A medida, entretanto, ainda não significa uma liberação completa do turismo, já que cidadãos não americanos que passaram por estes países até 14 dias antes da viagem ainda têm sua entrada nos EUA vetada. Estão isentos da proibição residentes permanentes, pessoas casadas com cidadãos americanos e filhos de americanos, entre outros.

A restrição aos voos saídos do Brasil começou no dia 28 de maio, dias depois de o Brasil ultrapassar a Rússia e se tornar o segundo país com mais casos da Covid-19, depois dos Estados Unidos. Outros países, como a China e as nações europeiais, já a enfrentavam desde antes.

Segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA, a estratégia agora será “priorizar outras medidas de saúde pública” para reduzir os riscos de contágio. De acordo com Washington, agora há um melhor entendimento sobre as formas de transmissão do vírus.

“O rastreamento baseado em sintomas tem eficácia limitada, porque as pessoas com Covid-19 podem não ter sintomas ou febre no momento do rastreamento, ou apenas sintomas leves”, diz o comunicado divulgado pela embaixada americana no Brasil. “Portanto, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças está mudando sua estratégia e priorizando outras medidas de saúde pública para reduzir o risco de transmissão de doenças relacionadas a viagens.”

A partir de segunda-feira, segundo o documento, a estratégia do governo americano será baseada em medidas de mitigação focada nos passageiros, como a educação antes, durante e após o voo. Os treinamentos para parceiros do setor de transporte para identificar sintomas e notificá-los ao CDC também serão intensificados.

Outras iniciativas incluem a coleta eletrônica de dados para evitar filas, a testagem potencial de passageiros e recomendações para o autoisolamento por 14 dias de pessoas que estiveram em locais com altos índices de contágio.

Até o momento, passageiros dos países sob restrições só podiam desembarcar nos aeroportos internacionais de Boston, Chicago, Dallas, Detroit, Honolulu, Fort-Lauderdale, Houston, Atlanta, Los Angeles, Miami, São Francisco, Seattle e Washington, além dos aeroportos John F. Kennedy e Newark Liberty, ambos na região metropolitana de Nova York.

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