Cano marca no fim, e Vasco x Fluminense termina com empate ruim para ambos

Os personagens do futebol costumam minimizar tabus e resumi-los apenas a coincidências. Mas o clássico em São Januário mostrou que sua força não pode ser desprezada. Nos minutos finais, Cano garantiu não só o empate em 1 a 1, como a manutenção de uma escrita de 47 anos que o Vasco não perde para o Fluminense no estádio.

Apesar do alívio para os vascaínos no fim, não há muito o que comemorar. Com 25 pontos, o Vasco segue afundado no Z-4. É o 17º, três pontos abaixo do Bahia, o primeiro fora da zona. No domingo, recebe o Santos.

Para o Fluminense o empate significou a perda da chance de voltar ao G-4. Com 40 pontos, o time é o sétimo. Na quarta, visita o Atlético-GO.

Apesar das mudanças promovidas por Sá Pinto, que alterou o esquema tático acabando com a linha de três zagueiros, o que se viu foi um Vasco tão desorganizado quanto das outras vezes. Com a bola nos pés, teve muita dificuldade para escapar da marcação tricolor e chegar até a área do rival. A construção ficou muito dependente de Léo Gil e, principalmente, de Benitez. Já sem a bola, a equipe demorava muito para recompor.

O Fluminense, por sua vez, era o contrário. A troca de técnico não fez afetou na organização. O time manteve suas linhas defensivas aproximadas e adiantadas, o que atrapalhou e muito a vida dos vascaínos. Com a bola, teve tranquilidade para passá-la de pé em pé e inverter sempre que necessário.

Com estes contrastes, não chegou a ser surpreendente que os tricolores achassem seu gol rápido, aproveitando o começo ruim do rival. Aos 9, Egídio tocou para o meio da área uma bola levantada por Igor Julião. Castán cortou mal, e ela ficou com Wellington Silva. Livre, o atacante finalizou tirando da marcação para abrir o placar.

Apesar do gol logo no início, contudo, não se pode dizer que São Januário tenha recebido uma boa partida. Apesar da superioridade em todo o primeiro tempo, o Fluminense não soube aproveitá-la. Na etapa final, recuou e deixou o Vasco jogar. Os cruz-maltinos só passaram a levar perigo após cerca de 20 minutos, já com Talles Magno em campo. O jovem da base acertou a trave e deu outra dinâmica para a equipe.

A pressão vascaína, todavia, não se converteu em muitas chances. Mas uma, aos 46, foi suficiente para evitar a derrota. Léo Gil chutou forte de fora, a bola sobrou para Cano, que, na cara do gol, empatou. O gol garantiu um placar que não agradou a ninguém, mas foi mais justo com o apresentado pelas duas equipes.

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